O mais importante é saber que é preciso estudar todos os dias e que, seguindo este conselho, você perceberá que não precisará sacrificar os fins de semana, muito menos os feriados.
Dormir ao menos oito horas todos os dias (ininterruptas, ok? Nada de dormir três horas à tarde, outras duas à noite...) e estabelecer técnicas de concentração para estudar são boas maneiras de se manter atualizado com o conteúdo ministrado pelos professores.
E, por fim, manter uma vida saudável é essencial não só para conseguir estudar, mas também para ter uma excelente qualidade de vida. Praticar exercícios, sair com os amigos, viajar nas férias e se afastar de todos os vícios – inclusive o cafezinho – são boas maneiras de manter sua mente disposta para todo o “batidão” que vem aí com o vestibular.
Como Educar a Memória
A memória é a principal aliada de todas as atividades que fazemos todos os dias, sejam elas mentais ou físicas. Para usá-la a nosso favor é preciso treiná-la e exercitá-la para que ela não nos deixe na mão sempre que precisarmos lembrar algo importante.
A capacidade de armazenar informações está ligada à capacidade física do cérebro (saúde e bem-estar) e à capacidade de organizar dados durante o processo de aprendizagem. Ambas as capacidades estão unidas à qualidade do sono. A memória “volátil” que usamos para lembrar coisas corriqueiras seleciona tudo aquilo que é mais importante e passa para a memória permanente enquanto estamos dormindo. Por esse motivo, pessoas que têm distúrbios do sono como insônia, sonambulismo e apnéia (ronco) tem mais dificuldade de concentração e mais problemas de esquecimento. Nestes casos, a ajuda médica é indispensável.
Lembrar das coisas também está ligado à inteligência, à habilidade de armazenamento e ao interesse sobre o assunto. Se uma pessoa não gosta de uma determinada matéria da escola, provavelmente terá muita dificuldade em aprendê-la e memorizá-la, pois o seu cérebro descarta as informações relacionadas por considerá-las “voláteis”.
Como melhorar
O jogo de xadrez é um bom exercício para a memória e para o raciocínio lógico (e um aliado e tanto para as aulas de matemática). Cuidar da alimentação também é importante e acrescentar pães, cereais, legumes e frutas em seu cardápio é primordial, pois estes alimentos contêm tiamina, ácido fólico e vitamina B12, essenciais para a manutenção do cérebro e da memória.
O método de repetição ajuda no arquivamento de informações, pois faz o cérebro crer que aquela informação é importante e por isso, armazena-a. Procure associar idéias a fatos ou a outras idéias para criar um sistema de conexões, o que faz você lembrar de uma coisa quando esquece de outra.
Descobrir o tipo de memória que você possui também é extremamente útil para selecionar o melhor método de estudo. Há pessoas que têm memória visual e, portanto, precisam estudar usando a leitura, os desenhos e os esquemas gráficos para serem bem-sucedidos no armazenamento de conteúdo. Para outros, a memória é auditiva e, por isso o conteúdo a ser memorizado deve ser verbalizado, os textos devem ser lidos em voz alta e discutidos com outras pessoas. O último tipo de memória é o sinestésico, relacionado aos movimentos que devem ser feitos para associar idéias.
Agora que você já sabe o que fazer, é importante saber o que não fazer. Ansiedade e nervosismo são absolutamente prejudiciais para o bom funcionamento da memória e, por esse motivo, devem ser controlados, por exemplo, com exercícios de respiração. Essa é uma maneira eficaz de se evitar os famosos “brancos” e lapsos de memória.
Como Estudar
É comum vermos os jovens estudantes do ensino médio tentando fugir de estudar em casa, mas é importante que eles tenham em mente a importância do estudo diário e não só na véspera da prova. O estudo em casa deve ser uma tarefa contínua, porque o conteúdo programático dessa fase da educação é muito extenso e por muitas vezes podem existir dificuldades de aprendizado ou de fixação e memorização.
Para combater este mal, tantas vezes corriqueiro no dia a dia dos adolescentes, é preciso que eles façam a experiência de estudar diariamente por, pelo menos, um mês e verificar se o “sacrifício” compensa ou não. Com empenho vai ser fácil perceber o quanto estudar será fácil, as aulas se tornarão mais interessantes e as provas serão feitas como se fossem exercícios da tarefa de casa.
Como começar
Primeiramente, coloque como meta o ato de não estudar só na véspera da prova e jamais utilizar o período da madrugada para estudar. Além de não haver concentração suficiente nesta hora, o aluno fica com sono e não presta atenção na aula do dia seguinte. O ideal é criar um programa de estudos que acompanhe as suas aulas no colégio. Por exemplo, se durante a manhã você tem aula de Português, História, Geografia e Física então reserve quatro horas do seu dia para revisar o conteúdo dado em sala de aula e resolver exercícios (a única forma de se treinar as disciplinas exatas é resolvendo exercícios).
Mas, atenção! Quatro horas é um tempo suficiente para se dedicar ao estudo em casa (sem contar o tempo que fica na escola), mas se você precisar ficar um pouco mais de tempo para estudar para uma prova, por exemplo, não se esqueça de jamais ultrapassar cinco horas, sob pena de o seu esforço ser em vão. Afinal, o seu cérebro também precisa descansar e depois de certo tempo entra em sobrecarga e o conteúdo literalmente “se esparrama” da sua cabeça, não fica nada. Portanto, sem exageros!
O estudo diário ajuda a prevenir os desesperos de véspera de prova, já que estudando só no último dia você vai adquirir dúvidas que não poderão ser sanadas pelo professor. Mas, se você está com o conteúdo em dia e resolver dar uma revisada um pouco antes da prova, cuidado! As informações lidas por você nesse período poderão criar falsas associações e destruir o trabalho de um mês inteiro! Nesse tempo o melhor é relaxar, manter uma respiração calma e esvaziar a mente para que o conteúdo pedido nas questões flua naturalmente.
E lembre-se que além de estudar é preciso reservar um tempo para o lazer e para praticar exercícios, que ajuda a eliminar a tensão do cotidiano e prepara o corpo para aguentar mais uma maratona de estudo.
Como Ler Bem
Ler não é um ato mecânico, pelo contrário, deve ser um ato prazeroso completamente desligado da idéia de obrigatoriedade. Não é fácil gostar de ler. Quem não adquiriu o hábito durante a infância dificilmente se encantará a cada vez que entrar em uma livraria. No entanto, muitos já perceberam que ler é essencial para se conseguir algo nesta vida.
Se você não gosta de ler, mas ao menos gostaria de gostar, aqui vão dicas que podem ajudar-lhe a se entusiasmar – ou pelo menos a suportar a relação entre você e os livros. Primeiramente é importante ter a consciência de que saber ler não significa saber compreender e este é um problema sério em nosso país. Pelo menos 38% dos brasileiros têm dificuldade em interpretar aquilo que lê. Isto é grave e deve ser combatido. Como? Com esforço próprio.
A compreensão depende muito da bagagem cultural do indivíduo e é por este motivo que a maioria dos livros indica a faixa etária ideal para lê-los. Se você ainda é jovem, em torno dos 13 anos, procure livros que tenham a ver com você. Ler Machado de Assis nesta época não vai ajudá-lo a gostar deste grande nome da literatura brasileira. Cada coisa a seu tempo. Para gostar de ler é preciso ler aquilo que lhe dá prazer, mesmo que isto seja um gibi!
Para criar o hábito da leitura, reserve um tempo do seu dia para praticar. Para que isto dê certo é preciso ser rigoroso, nada de dizer “ah, eu leio amanhã”. Lendo todos os dias o ato passará a ser corriqueiro e com o tempo se tornará um hábito inadiável. O ato de ler pode ser encarado como um ritual: procure um local tranqüilo, confortável e bem iluminado. Separe algo para beber e fique confortável (debaixo de uma mantinha quente ou de ar condicionado bem potente). Se você passar a ler em condições impróprias, o ato de ler pode ser associado à idéia de desconforto e aí “tchau” hábito da leitura.
Na ânsia de atingir o objetivo você pode acreditar que ler vários livros ao mesmo tempo pode ajudá-lo. Ledo engano. Um livro por vez é o indicado. Curta a história, entregue-se aos pensamentos e aproveite este momento (já ouviu dizer que ler é uma “viagem”?). Preocupe-se em manter um dicionário por perto, para poder consultar todas as palavras que não fazem sentido para você. Fazendo isto, além de compreender o que está lendo, a expressão passará a fazer parte do seu vocabulário.
Escreve bem quem lê muito e escreve melhor quem lê e escreve muito. Assim como o esporte, a leitura e a escrita devem ser exercitados. Quanto antes você começar, mais rápido atingirá o seu objetivo e lembre-se: o vestibular vem aí. Você está preparado para a redação?
Desenvolvendo um Trabalho
Trabalho escolar. Essa expressão cria pânico no mais inteligente dos seres. Mas se você aprender a forma correta de se produzir um bom trabalho, vai achar bem fácil nas próximas vezes em que o professor pedir um texto mais elaborado.
O primeiro passo é delimitar o tema. Por exemplo, se o professor pedir um trabalho sobre a I Guerra Mundial, então você terá que abordar todos os aspectos desse fato, desde suas origens até as suas conseqüências. No entanto, se ele pedir um trabalho sobre as alianças estratégicas desse período, então você deverá ater-se ao tema proposto. Nestes casos o “mais” vira menos. Tentar rebuscar demais pode ser visto pelo seu professor como uma maneira de “enrolar” sobre um assunto que você não domina.
Delimitado o tema, é hora de procurar fontes diversas que expressem as diferentes abordagens e opiniões dos autores. Isto sim vai fazer diferença no seu trabalho, pois vai provar que você pesquisou bastante antes de fazer o texto. Ao ler os livros, vá fazendo um resumo com as principais idéias do texto. Ao final da pesquisa você terá todo o material necessário para escrever um texto de sua total autoria, ou seja, sem cópia.
Um bom texto é um texto autêntico, sem reproduções, salvo aquelas que são citadas entre aspas nos casos de fala muito relevante. A ortografia é imprescindível, e com a popularização do computador, são poucos os professores que aceitam erros ortográficos e gramaticais nos trabalhos, pois os editores de texto fazem correções automaticamente. Para ter a certeza de que o seu texto está claro, peça para que alguém o leia e pergunte se as idéias estão concisas e objetivas.
Visual
A organização visual de um trabalho é imprescindível para dar credibilidade ao seu conteúdo. Por isso, nada de desenhos, figuras e cores em demasia. Se for realmente importante dar destaque a algo, use o “negrito”. Na capa deve constar o nome da escola, o título do trabalho, o nome do aluno, a cidade e a data. O trabalho pode ser encadernado (no caso de muitas folhas) ou colocado em pastas com canaletas nas laterais para ser lido como um livro.
Por dentro, o trabalho deve estar impecável. A fonte mais usual é a Times New Roman de tamanho 12. Essa configuração deve ser a mesma em todo o trabalho, salvo a capa. Se o texto tiver muitas páginas, aconselha-se numerá-las e produzir um sumário contendo os subtítulos e as páginas em que eles se encontram. É necessária a produção de uma introdução, que explique do que se trata o trabalho e os temas que serão abordados.
No final, uma conclusão deve ser redigida, explicitando os novos conhecimentos adquiridos por você ao fazer o trabalho. A bibliografia deve vir por último e deve nela constar todo o material consultado por você, seguindo o modelo abaixo:
SOUZA, Marla Rodrigues. Como produzir um bom trabalho. 2ª edição. Goiânia: Editora Brasil Escola, 2008. 54 páginas.
As páginas de internet também devem ser citadas. Com essas dicas, fazer um trabalho escolar vai ser fácil, fácil. Anote o passo-a-passo e surpreenda o seu professor com um trabalho de excelente qualidade!
Resumos
Para quem tem dificuldade em assimilar o que lê e em organizar todo o conteúdo que está estudando, a técnica de resumos pode ser um aliado e tanto para melhorar a sua capacidade de síntese e compreensão.
Muitas pessoas têm maior facilidade em lembrar daquilo que vêem e por isso a memória deles é chamada “visual”. Quem tem memória visual deve dar ênfase nos resumos, nas imagens, nos gráficos e cores utilizados em todos estes. Grifar um texto em vermelho, por exemplo, vai te ajudar a selecionar determinada parte como importante e a sua memória logo vai apreendê-la.
Fazer um resumo de cada matéria estudada é de grande ajuda para a hora da prova. Ao invés de ter que estudar todo o conteúdo outra vez na véspera, basta consultar os seus resumos e você logo lembrará de todas as informações adjacentes. Por esse motivo, é primordial que o resumo seja feito com suas palavras, para ajudar-lhe a lembrar do conteúdo assim que ler a sua síntese.
Os gráficos e esquemas também podem ajudar a criar relações entre significados. Essa é uma boa dica para quem tem “brancos” na hora da prova. Criando as tais relações, assim que você se esquece de uma informação o seu cérebro faz a ligação com outra informação sobre o mesmo assunto. Dessa maneira, as idéias fluem naturalmente, como um recurso de auto-memória.
Por isso, ao fazer resumos é preciso exercitar a sua capacidade de síntese e objetividade. As palavras-chave fazem parte das melhores maneiras de produzi-los. De nada adianta fazer ligações com textos enormes, porque depois será difícil de correlacioná-los com outra informação. Nas palavras-chave constam somente aquelas informações realmente importantes, que fazem ligações em seu cérebro com outras informações também importantes sobre o conteúdo que você já estudou.
O mesmo vale para os resumos de livros literários. Copiar o resumo da internet pode até fazer você saber sobre a história do livro, mas não permitirá a sua compreensão sobre a obra como um todo. O ideal é ler o livro, fazer o seu próprio resumo e só depois disso ler um resumo alheio. Assim você poderá tirar dúvidas e ter acesso às análises dos livros sob uma visão literária, compreendendo o ambiente em que foi produzida a obra.